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5 mitos sobre pele com acne: má higiene, alimentação e mais!

A pele com acne é cercada de estigmas que podem afetar a autoestima. Saiba quais são os principais mitos quando o assunto é espinha!

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Uma pele com acne ocupa uma posição ilustre no pódio de inseguranças. Quanta gente já deixou de sair, ficou com vergonha ou passou camadas de maquiagem para esconder as espinhas? Segundo pesquisa de 2019 da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em parceria com a empresa de cosméticos TheraSkin, a acne afeta cerca de 56% da população adulta, ou seja, mais da metade dos brasileiros. 

Sendo assim, como algo tão comum consegue desestabilizar tanto a autoestima? Além da infinidade de tratamentos ser algo lucrativo para a indústria cosmética, ela ainda é muito escondida não só com maquiagem, como também com retoques e filtros digitais. Eles nos fazem acreditar que todos, menos nós, têm uma pele “perfeita”. 

Com essa paranoia de estarmos “prejudicando” nossa pele ou “não cuidando dela como deveríamos”, criam-se estigmas a respeito do que se deve ou não se deve fazer. Eles atuam na desnaturalização da pele com acne, colocando um peso preconceituoso em algo que deveria ser tido como normal. Por isso, vamos trazer 5 mitos pra você se atualizar.

1) “A acne está relacionada com má higiene”

Um dos maiores mitos sobre a pele acneica é a relação feita entre espinhas e falta de cuidados. Para desmistificar essa informação, basta saber o que é uma espinha. É uma lesão causada pelo aumento da produção de óleo vinda das glândulas sebáceas. Esse excesso de oleosidade obstrui os poros, causando uma inflamação chamada de acne.

Diversos fatores podem aumentar a oleosidade da pele e, na maioria das vezes, a falta de higiene não é um deles. Os motivos variam: desequilíbrio hormonal, estresse, ansiedade, genética e reação a medicamentos ou alimentos alergênicos.

2) “Alimentação saudável é garantia de uma pele sem acne”

Calma, isso não significa que uma rotina de hábitos saudáveis não seja importante. Uma boa hidratação e exercícios regulares fazem bem tanto para o corpo quanto para a pele. Entretanto, considerar que essa é a fórmula mágica para a acne é um erro. As causas podem ser diversas, e colocar a culpa no chocolate, por exemplo, é muito injusto! 

De acordo com a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), “a acne tem forte componente genético, e não se relaciona diretamente com a alimentação. Apesar de vários tabus, não é necessária nenhuma dieta ou restrição alimentar para seu tratamento ou prevenção”. Fique atenta ao seu corpo e aos alimentos que podem agravar o seu quadro. Em caso de dúvidas, combinar o tratamento dermatológico com o nutricional pode ser sua melhor opção.

3) “Uma rotina de skincare longa e complexa é ideal para pele acneica”

Diferentemente do discurso de grandes marcas de cosméticos, uma rotina de skincare com muitos produtos não é a mais indicada para a pele com acne. Isso porque a pele sensível é mais propensa a ter espinhas e o uso de produtos fortes só faz com que ela fique ainda mais irritada. 

Por isso, dermatologicamente falando, o mais indicado para a pele acneica é uma rotina simples. Um sabonete facial, um hidratante e um protetor solar podem ser mais do que o suficiente. Qualquer dúvida, é sempre melhor consultar um dermatologista de confiança.

4) Não dá pra se sentir bonita quando se tem uma pele com acne”

Beleza é subjetivo, mas precisamos ir um pouco mais além neste assunto. Beleza é quando a gente se sente bem com nós mesmas. Quando desenvolvemos coragem para nos soltarmos das amarras estéticas. Atualmente, já existe um movimento nas redes sociais sobre a naturalização da acne, o Acne Neutrality.

No Brasil, esse movimento se chama Pele Livre, uma corrente de pessoas que acreditam que a acne não deveria ser escondida com bases, corretivos e vergonha. Uma pele livre de pressão estética e preconceito é e sempre será bonita. 

5) “Maquiagem é quase obrigatória no meio social para pessoas com pele acneica”

No portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a assessora do Departamento de Cosmiatria, Maria Paulina Villarejo Kede, relata que muitas pacientes usam maquiagem de forma exaustiva para esconder o que a sociedade acredita como um problema de pele.

“A preocupação em disfarçar aquilo que o espelho insiste em revelar ocupa um tempo considerável no dia a dia de muitas mulheres, especialmente quando a manifestação afeta o rosto. Nesses casos, é nítida a repercussão negativa na autoestima”, afirma Maria.

A maquiagem é sempre bem-vinda quando usada como expressão artística ou pessoal. Entretanto, quando vira uma necessidade, acaba se tornando mais uma prisão do que uma liberdade de expressão. Portanto, defender uma pele livre não é parar de usar produtos, mas devemos questionar o porquê de estarmos usando. 

Use e abuse para se sentir bem, mas entenda que o seu processo de aceitação não depende de uma variedade de cosméticos ao seu alcance, e sim do processo de entendimento do seu corpo. Combinado?

Foto de capa: Adobe Stock

Redação Corpo Livre

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