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6 influenciadores com deficiência que você precisa conhecer e seguir!
Pessoas com deficiência vivem uma constante luta em busca de representatividade. Na internet, influenciadores mostram que têm espaço para todo mundo. Veja perfis para inspirar!
Como é ser uma pessoa com deficiência na sociedade? Se você não é, provavelmente não deve reparar nos acessos a locais públicos e privados. Além disso, também não deve notar se a comunicação é feita em libras, linguagem de sinais ou com legendas. Da mesma forma, não deve sofrer preconceito com a sua aparência, com seu jeito de se locomover ou de falar. Já para quem enfrenta tudo isso, a ausência de direitos básicos é uma luta constante. Por isso, influenciadores com deficiência mostram que sim, essas pessoas existem, resistem e merecem representatividade, como todos os corpos!
No entanto, felizmente o cenário vem mudando nos últimos tempos. Discussões sobre capacitismo, ou seja, preconceito direcionado a PcDs (sigla para Pessoas com Deficiência), vêm ganhando a internet. Graças às redes sociais, falar sobre inclusão também está se tornado cada vez mais constante, para conscientizar sobre os estereótipos que pessoas com deficiência ainda carregam.
Pessoas com deficiência: falta de representatividade no mercado de trabalho
De acordo com Dados do IBGE de 2019 , 45 milhões de pessoas no Brasil possuem alguma deficiência, totalizando 25% da população brasileira. No entanto, essas pessoas não estão ocupando lugares importantes na sociedade para defesa de seus direitos e luta por mais acesso.
Além disso, segundo o Estadão, apenas 440 mil pessoas com deficiência estão incluídas no mercado de trabalho formal. Mas esses dados não batem com a Lei nº 8.213/91, em vigor há mais de 30 anos. Ela garante que ao menos 2 a 3% do quadro de funcionários seja composto por pessoas com deficiência. Portanto, a empregabilidade ainda não é uma realidade.
Influenciadores com deficiência para você conhecer e seguir!
Para mudar essas estatísticas, influenciadores com diferentes tipos de deficiência mostram que têm espaço para todos. Além disso, ser influencer também é um tipo de trabalho. Ou seja, quanto mais visibilidade esses perfis tiverem, mais oportunidades para os criadores de conteúdos. Então, confira 6 perfis na internet que se dedicam a quebrar padrões capacitistas, sejam eles conscientes ou não. Não deixe de olhar, seguir e incentivar o conteúdo produzido por eles!
1) Leandrinha Du Art (@leandrinhadu)
Militante, feminista e mulher trans, Leandrinha Du Art fala sobre sexualidade dentro e fora da comunidade PcD.
2) Eduardo Vitor (@oeduardovictor)
Dudu, como gosta de ser chamado, é LGBT e fala abertamente sobre paralisia cerebral. Também são assuntos no seu Instagram e Twitter assuntos como autoestima, aceitação e afetividade.
3) Lelê Martins (@blogueirapcd)
Lelê é uma mulher negra, cientista social e moradora do Rio de Janeiro. Em seu perfil, fala sobre moda, comportamento e autocuidado. Ela usa suas redes para falar ainda sobre como é ser uma pessoa com deficiência.
4) Victor Di Marco (@victordimarco)
Victor é ator, roteirista, diretor, escritor. No seu perfil do Instagram, produz vários vídeos com reflexões sobre deficiência, capacitismo na sociedade e luta LGBT.
5) Kitana Dreams (@kitanadreams)
Kitana é Drag Queen, maquiadora, youtuber. Entre os diálogos que propõe, está a luta pela disseminação da Língua Brasileira de Sinais.
6) Mariana Torquato (@marianatorquato)
A Mari é criadora do maior canal sobre deficiência no Brasil, o “Vai uma mãozinha aí?”. Com deficiência no braço, a influenciadora retrata com bom-humor e seriedade como é ser PcD.
É para seguir e OUVIR os influenciadores com deficiência
É essencial trazer assuntos e pessoas fora da sua bolha para o seu dia a dia. Além disso, também é importante entender um pouco mais das lutas pelas quais você não precisa lutar para sobreviver. Isso é uma forma de usar seus acessos e privilégios para que elas sejam cada vez mais fortes.
As pessoas sem deficiência também precisam entender o seu papel na luta anticapacitista, principalmente quando falamos sobre ações efetivas e quebra de preconceitos. Por isso, não basta só seguir os influenciadores. É necessário ouvir e adotar uma postura que combate os estigmas.
Mas também não deixe de curtir, comentar e compartilhar conteúdos de pessoas com deficiência e seja aliado da luta anticapacitista. No Movimento Corpo Livre, você também encontra uma curadoria de pautas e vários outros influenciadores que estão aí na atividade, lutando por um mundo mais inclusivo.