Bem-estar e autoestima

A pressão estética na Coreia do Sul e como a indústria da beleza se manifesta no K-pop

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A Coreia do Sul é atualmente conhecida pela sua gama de procedimentos e pressão estética. Os padrões de beleza coreanos são fortemente influenciados pelos brancos ocidentais: olhos grandes, pele clara, nariz fino e pontudo. Tanto homens quanto mulheres se esforçam para viver de acordo com essas normas, usando cosméticos e se submetendo a cirurgias plásticas para alcançar o que consideram ideal. Mas até que ponto estamos dispostos a alterar nossa aparência para se encaixar em um estereótipo inatingível?

Pressão estética na Coreia do Sul faz pais se tornar o 5º em cirurgias plásticas no mundo

A Coreia do Sul é o quinto lugar no mundo que realiza mais cirurgias plásticas. Uma pesquisa feita em 2014 revelou que 980 mil procedimentos foram realizadas no país. Normalizado, se tornou comum pais presentearem os seus filhos com procedimentos estéticos nas pálpebras, por exemplo. O cirurgião plástico coreano Man Koon Suh explicou que isso acontece porque, culturalmente, a primeira impressão se leva muito a sério no país e que as pálpebras naturalmente caídas podem aparentar tristeza. 

No entanto, essa pressão estética se propaga até  nos grupos de K-pop. Jimin, do BTS, já comentou que fazia uma dieta radical para perder peso. Resultado disso: desmaios bem no meio dos ensaios. Uma outra artista que comentou sobre os efeitos da indústria foi Wendy, integrante do Red Velvet. Segundo ela, já a vigiaram enquanto tomava um sorvete. “Comer o que ela quer durante um dia não deveria ser um problema”, defende uma amiga de trabalho em vídeo que circula nas redes sociais. 

Astro de K-pop foi rejeitado por não estar “no padrão”

Mas não para por aí, viu? Um outro caso polêmico é o de Choi Seungyun, do BIGBANG. YG, uma agência de entretenimento, rejeitou o cantor por considerá-lo “gordo demais”. Após a gordofobia, o rapper perdeu 20 kg rapidamente e foi aceito pela empresa.

Infelizmente, os grupos de k-pop representam uma triste parcela dos ideais de beleza coreana: altos, magros e brancos. Isso porque alguns até sofrem humilhações por ter a pele mais escura do que o padrão que a indústria exige. Ao menos, bom saber que o debate existe e é necessário para que outros famosos e pessoas longe dos holofotes não se sintam pressionadas a se adequar aos padrões de beleza da Coreia ou de qualquer outro lugar no mundo.

Lembrando que é um caso cultural e não devemos julgar, mas estamos comentando como a pressão estética afeta outros países e culturas pelo mundo. O Brasil é um grande exemplo de país que está em segundo lugar no ranking de cirurgias plásticas e sofre as consequências desse dado.

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Redação Corpo Livre

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