Bem-estar e autoestima

Acima dos 40 não pode mais estudar?Estudante é vítima de etarismo por colegas de sala

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Patrícia Linares foi vítima de etarismo na Universidade Unisagrado, em Bauru, São Paulo. Aos 44 anos, a estudante sofreu deboche de três colegas mais jovens do curso de Biomedicina em um vídeo publicado nas redes sociais e o caso gerou revolta entre os internautas. No vídeo, uma das estudantes ironiza: “Gente, quiz do dia: como ‘desmatricula’ um colega de sala?”. Em seguida, uma outra diz: Mano, ela tem 40 anos já. Era para estar aposentada”. “Realmente”, concordou a terceira jovem. “Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade. Eu tenho essa opinião”, acrescentou a que estava fazendo a filmagem.

Após sofrer hostilização e etarismo, Patrícia Linares se deparou com a solidariedade de várias outras mulheres, que compartilharam suas histórias com o preconceito por também ingressarem na faculdade depois dos 40.

Segundo ela, desistir está longe dos seus planos: “Chorei muito, mas não tem essa opção desistir. Nem quando eu era vendedora, nunca desisti das minhas clientes, eu nunca desisti da minha vida. E muito menos pelo meu sonho”, disse Patrícia ao ser questionada sobre o vídeo postado.

De acordo com divulgação do G1, nesta quinta-feira (16), a desistência das três jovens do curso de biomedicina foi confirmada pela Universidade Unisagrado. Uma delas, inclusive, disse que está arrependida do preconceito e que o vídeo foi uma “brincadeira de mau gosto”.

Etarismo: saiba como combater

O etarismo é julgar e discriminar as pessoas com base em sua idade, pois acredita em estereótipos negativos, principalmente a respeito de mulheres, que sofrem ainda mais preconceito à medida que envelhecem. Como se não fosse dado a nós o direito de envelhecer.

Por exemplo: perder emprego, recusar um novo cartão de crédito, seguro de carro ou de viagem devido à sua idade são práticas comuns da sociedade etarista. Assim como receber uma qualidade de serviço inferior em uma loja, restaurante ou mesmo em consultório médico por ser “muito velho”.

Da mesma forma acontece com as mulheres nas redes sociais, como foi o caso de Patrícia, que sofrem preconceito apenas por serem maduras. E não precisa de muito, basta uma foto sem filtro, com fios brancos aparecendo, para gerar comentários negativos. Além disso, atrizes mais velhas perdem oportunidades no cinema e na TV por conta da idade ou ainda ficam restritas ao mesmo tipo de papel.

Para combater o etarismo, precisamos de mais representatividade, como a história de Patrícia, para que mais mulheres sintam que PODEM! Não desista de seus sonhos! Não existe idade para começar, é quando você quiser!

Redação Corpo Livre

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