Moda e beleza

Aline Wirley relembra vergonha do cabelo e comemora transição capilar

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Vice-campeã do “BBB23”, Aline Wirley comentou a respeito do seu processo de transição capilar em bate-papo com os fãs nas redes sociais. Em desabafo, a ex-integrante do “Rouge” admitiu já ter sentido vergonha do cabelo natural. 

“Quando comecei meu processo de transição capilar, indo de encontro ao meu 4C, passei por momentos de muitas dúvidas, medo e insegurança”, começou a cantora, explicando sobre o tipo de fio que possui. Segundo ela, o processo, em muitos momentos, abalou sua autoestima. “Por vezes me sentia feia e enfraquecida, e nunca me sentia à vontade para ir ao salão para cuidar do meu cabelo. Sentia vergonha”, acrescentou.

Aline Wirley comenta autoaceitação após transição capilar com ajuda de profissional / Reprodução: Instagram

Aline Wirley passou a respeitar e entender textura do cabelo após procurar profissional

Nesse meio tempo, Aline Wirley procurou um profissional. Não só entender a textura do seu 4C, mas também para respeitar os seus cabelos durante transição capilar.

“Foi nesse processo tão revelador e intenso que eu conheci o Igor Louverbek, que foi desde o primeiro instante puro amor e acolhimento. Ele me ajudou a ter paciência, a respeitar e entender a textura dos meus fios. Além disso, me empoderou em todos os momentos”, acrescentou, agradecendo o profissional: “Obrigada, amigo, você nem imagina o que você fez e faz por mim. Você é incrível”.

Vale lembrar que, enquanto estava confinada no “Big Brother Brasil 23”, a equipe de Aline Wirley compartilhou um vídeo relembrando a época em que a ex-sister estava com os cabelos raspados, parte de sua transição capilar.  “Eu não sabia que o meu cabelo era uma questão porque eu nunca tinha olhado pra ele”, disse, assumindo que era acostumada a usar aplique desde mais nova. Por fim, desabafou que não sabia como era o cabelo de fato. “Eu não tinha noção que o meu cabelo era bonito”.

“Para uma pessoa negra, exaltar as próprias características é também uma forma de existir e resistir”

Assim como Aline Wirley, outras famosas negras, como Iza, Ludmilla, Camilla de Lucas e muitas outras não escondem que são apaixonadas por transformações e usar seus cabelos como bem entender, como alisados, trançados, descoloridos e até mesmo usando uma lace diferente para cada ocasião. No entanto, elas também reforçam diariamente o quanto é lindo e empoderador uma mulher negra assumir seu crespo e ser essa força de representatividade para tantas outras.  

Enquanto confinada, o perfil de Aline fez a seguinte e importante publicação: “Fato é que durante muito tempo, mulheres negras buscaram se encaixar num padrão eurocentrado, e com isso modificaram suas características essenciais na eterna busca do “se enquadrar”, isso incluiu a forma com a qual lidaram com seus fios por longos anos. Para uma pessoa negra, exaltar as próprias características é também uma forma de existir e resistir”.

Redação Corpo Livre

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