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Andrea Beltrão: “Me olho no espelho e me acho mais bonita hoje”

Andrea Beltrão quebrou tabus com a personagem Rebeca, em “Um Lugar ao Sol”. De acordo com a atriz, aos 58 anos, ela diz que envelhecer não deveria ser um problema: “Estou mais leve”.

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A novela “Um Lugar ao Sol” acabou e, ao longo dos capítulos, Andrea Beltrão abordou sobre tabus em relacionamentos e o etarismo na novela “Um Lugar ao Sol”. Na pele de Rebeca, a atriz mostrou ao público como passar pelo avanço da idade sem passar “atestado de derrota”.

“Ela tem dilemas, problemas, quer saber o que fazer, como se comportar. Sofre, fica insegura e dá dez passos para trás, mas, ainda assim, reage. Ela está sempre ativa na situação”, comenta a artista à “Quem”. 

Andrea Beltrão avalia carreira e diz se sentir mais leve

Na trama, a personagem de Andrea Beltrão se vê às voltas com questões sobre o envelhecimento e, ao mesmo tempo, é uma mulher cheia de vida. Já na vida real, a atriz afirma que nunca teve nenhuma opressão em relação à sua idade no lado profissional.

“Vivo bem. Quando me olho no espelho, até me acho mais bonita hoje do que antes. Tem dias que vejo imagens antigas e falo: “Nossa, que semblante pesado”. Hoje, estou mais leve”, analisa ela, aos 58 anos.

“A gente não precisa ter problema para envelhecer”, diz atriz

De acordo com Andrea Beltrão, ela não passou por quase todas as situações da Rebeca em sua vida, mas consegue compreender perfeitamente os dilemas da personagem. “Ela não caminhou para um lugar de angústia, massacre ou sofrimento. A gente não precisa ter problema em envelhecer – afinal, a outra opção, a não envelhecer, é bem pior, né? É melhor envelhecer porque quero durar bastante por aí”, comentou. 

Personagem de Andrea Beltrão fez manifesto contra etarismo em cena

Assim como a personagem de Marieta Severo em “Um Lugar ao Sol”, Andrea Beltrão vê em Rebeca uma forma de pôr abaixo o etarismo e outros preconceitos da sociedade. Em capítulo que foi ao ar na última semana, ela manifestou o direito da mulher de envelhecer, assume suas rugas, cabelos brancos e outros sinais que comprovam que o tempo passa para todos. 

“Envelhecer é uma carta branca que é dada ao homem, não à mulher, mas, no fim das contas, se manter jovem, a gente sabe, não tem a ver com idade, tem a ver com abrir a cabeça. Com não parar no tempo. Com questionar todo tipo de preconceito, inclusive o etarismo”, disse a personagem de Andrea Beltrão. 

Por fim, Rebeca completou: “Será que o único poder da mulher é realmente a juventude, a beleza? Será que, depois disso, não sobra nada? Ou será que, disfarçado de preocupação com autocuidado, saúde, não existe um discurso construído pra que a mulher, mais uma vez, se submeta a esse rolo compressor, a essa campanha permanente para controlar, manter a mulher afastada de todos os espaços? Um modelo de amor-próprio, é isso que eu acho que eu quero ser. Com as minhas rugas, os meus cabelos brancos”.

Foto de capa: reprodução Gshow / TV Globo

Redação Corpo Livre

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