Brasil
Ariadna critica sociedade transfóbica: ‘O país que mais nos mata é o que mais nos deseja’
Ariadna usou suas redes para falar sobre transfobia e como a sociedade brasileira exala hipocrisia. Após publicar um story sensual, a influenciadora recebeu inúmeros flertes e comentários, a maioria de homens a diminuindo como pessoa trans, mas exaltando sua beleza. A partir disso, a ex- BBB questionou seus seguidores sobre as contradições do Brasil, por ser um país extremamente hostil para pessoas trans e travestis.
“Não comentam uma foto de viagem, não comentam um trabalho. Aparece uma foto sensual ou de biquíni eles saem do buraco que vivem e mandam elogios. Mas não são homens o suficiente de sustentarem seus desejos sem se preocuparem com o que a sociedade vai pensar”, refletiu.
O Brasil é o país que mais violenta pessoas trans
A transfobia, em termos básicos, refere-se a qualquer expressão de medo ou ódio dirigida a pessoas que são transgênero e não binárias. Além disso, pode incluir qualquer discriminação, invalidação ou julgamento negativo e crenças relacionadas à identidade de gênero.
Embora a transfobia tenda a diminuir à medida que aumenta a conscientização sobre gênero, ela continua sendo um grande problema em algumas comunidades. De acordo com a Andra, Associação Nacional de Travestis e Transexuais, pelo décimo quarto ano consecutivo, o Brasil é o país que mais violenta pessoas trans. Ou seja, o questionamento de Ariadna encontra diretamente esse fato, que revela a sociedade hipócrita que nos cerca.
Como não ser transfóbico?
A transfobia pode causar problemas mentais e emocionais persistentes, seja com perguntas curiosas, piadas ou atos de ódio. Isso não só deixa muitas pessoas com medo de compartilhar suas identidades e serem elas mesmas, mas também pode ter um grande impacto em outras áreas da vida.
Por isso, se alguém lhe disser que algo que você disse era transfóbico, acredite. Talvez você não tenha a intenção de discriminar, mas o impacto muitas vezes pode ser um pouco diferente da intenção que você tinha em mente.
Um pedido de desculpas não significa nada sem uma mudança positiva. No futuro, comprometa-se a melhorar familiarizando-se com exemplos de transfobia para aprender mais sobre comentários prejudiciais e suposições a serem evitadas.
O Movimento Corpo Livre deseja força e apoio para ela e todas as outras pessoas da comunidade trans, que diariamente lidam com diferentes formas de fobia.