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Capacitismo é tema de campanha com Pequena Lô e Luciano Szafir

Pequena Lô e Luciano Szafir estrelam campanha anti-capacistimo para dar visibilidade e propor a desconstrução de preconceito contra pessoas com deficiência.

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No último domingo (28), o Fantástico levantou uma discussão sobre o capacitismo contra pessoas com deficiência. A campanha “Você me vê como eu me vejo?” foi criada para dar visibilidade e propor ações na desconstrução de preconceitos. Além disso, a ação traz personalidades como Luciano Szafir e a influenciadora Lorrane Silva, conhecida como Pequena Lô, como representantes do “Em Desconstrução”.

“Os meus vídeos são de humor, mas sempre têm uma mensagem. E a principal, eu acho, é a representatividade, que nós, pessoas com deficiência, podemos ocupar o espaço que a gente quiser”, disse Lorrane.

Médicos nomeiam síndrome de Pequena Lô como displasia óssea

Em recente entrevista, Pequena Lô disse não saber com clareza qual é o seu tipo de condição física por falta de diagnóstico certeiro: “Minha síndrome não foi descoberta, então os médicos a nomeiam como displasia óssea. Mas a síndrome em si não foi desvendada e meu estudo genético chegou a ir para fora do Brasil. Sou rara no mundo”.

Antes de tudo, Lorrane Silva começou como influenciadora em 2015 pelo Youtube, quando abordava mais sobre o capacitismo. No entanto, em 2016, a mineira migrou para o Instagram e seguiu para o TikTok no início da pandemia. “Antes, as pessoas me identificavam como Lo, a deficiente. Hoje, sou a Lo humorista e influenciadora. Acho que isso quebra um tabu enorme de que as PCDs (pessoas com deficiência) não são capazes de fazer nada”, completou.

Atualmente, Pequena Lô tem 1,3 m de altura. A humorista disse que andava normalmente até os 11 anos de idade, mas não conseguiu voltar a andar após sua quinta cirurgia. Além das muletas, ela também tem ajuda para se locomover com uma scooter.

Luciano Szafir se torna porta-voz de pessoas colostomizadas

Assim como Pequena Lô, Luciano Szafir também se tornou porta-voz contra o capacitismo. Isso porque o ator passou a representar pessoas colostomizadas por conta das complicações causadas pela covid-19. Ele ficou 35 dias internado e precisou passar por uma cirurgia no abdômen para retirada de um hematoma e de um segmento do cólon, uma das partes do intestino grosso.

Recuperado da cirurgia de emergência, Luciano Szafir foi convidado para desfilar no São Paulo Fashion Week e deixou a bolsa de estomia em evidência. Desse modo, a atitude do artista foi uma forma de quebrar o capacitismo e mostrar que a deficiência é apenas um detalhe e não define ninguém.

“Há muito tempo que eu já planejava isso e esta surpresa no desfile foi pensada em todos os detalhes. A mensagem que eu quero passar a todos é que a estomia não define ninguém!”, declarou ele, acrescentando em seguida: “Sejamos felizes como somos, vamos aceitar os outros como são e agradecer às oportunidades que a vida nos traz!”.

O que é o capacitismo e como combater

Capacitismo é a discriminação e o preconceito social contra as pessoas com deficiência com base na crença de que as habilidades típicas são superiores. Assim, a capacidade está enraizada na suposição de que as pessoas com deficiência precisam de “conserto” e define as pessoas por sua deficiência.

E o que podemos fazer para reconhecer e evitar o capacitismo? Em primeiro lugar, acredite nas pessoas quando elas revelarem a deficiência. Além disso, não presuma que você sabe o que alguém precisa, não toque uma pessoa com deficiência ou seu equipamento de mobilidade sem consentimento.

Por fim, guarde as perguntas invasivas para si, fale sobre deficiência com crianças e jovens, incorpore a acessibilidade ao planejamento do seu evento e mais.

Foto de capa: Reprodução Instagram / @_pequenalo

Redação Corpo Livre

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