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Gretchen relembra ameaça de morte de ex-marido: ‘Encostou arma no meu pescoço’
Gretchen revelou recentemente que foi vítima de violência doméstica. Em entrevista ao programa português “Julia”, a artista contou que um dos seus ex-maridos a agredia frequentemente e já a ameaçou de morte.
“Ele encostou uma arma no meu pescoço e disse: ‘ou você deixa ele [filho] comigo, ou eu mato os dois’. Se eu tivesse lutado, com certeza eu não estaria mais aqui, nem meu filho, porque realmente o que ele [ex-marido] falava, ele fazia”, disse ela, que já foi casada 18 vezes.
Cantora escondia roxos no corpo da mãe
Sem citar o nome do ex-marido abusivo, Gretchen disse ainda que as agressões não ficaram apenas nas ameaças e que, por diversas vezes, apanhou dele. Na época, inclusive, tentava disfarçar os hematomas que apareciam pelo seu corpo. Segundo a cantora, ela usava como desculpa que havia se acidentado. “A minha mãe, às vezes, chegava na minha casa e eu estava roxa. Aí, eu falava assim: ‘é que eu bati a cabeça ali no armário’. Mas ela sabia [a verdade], lógico”, relatou.
Segundo dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), a central de atendimento registrou aproximadamente 31 mil denúncias e 169 mil violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres no primeiro semestre de 2022. Sabemos que, muita das vezes, a mulher coloca os interesses da família antes mesmo dos seus. Por isso, denunciar um agressor é muito mais difícil do que muitos imaginam.
Desse modo, a população precisa entender a importância de denunciar atos de violência mesmo quando é observada por terceiros, evitando que mais mulheres corram risco de morte. O 180 pode ser acionado por meio de ligação, no site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), aplicativo Direitos Humanos Brasil, Telegram e WhatsApp (61-99656-5008).
Gretchen deixou o Brasil para cuidar de saúde mental
Além do assunto sobre violência doméstica, Gretchen também comentou a respeito da decisão de deixar o Brasil. A famosa disse que se mudou para Portugal para cuidar de sua saúde mental.
“Chegou o momento que eu preciso ter qualidade de vida e saúde mental boa. E Portugal é um lugar para isso. O momento no meu país é muito difícil. A falta de segurança mais ainda. Eu tenho uma filha de 12 anos e eu preciso em primeiro lugar cuidar de mim. Com 63 anos, a gente chega em um momento que deseja ter boa saúde e envelhecer bem. E estar em Portugal dá segurança. Porque hoje, uma menina de 12 anos sai para a escola e nós não sabemos se ela vai voltar”, explicou.