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Linda Evangelista faz 1º ensaio após ter corpo “deformado” por criolipólise

Linda Evangelista desabafou sobre o procedimento estético que, segundo ela, a deixou “brutalmente desfigurada” e a batalha para ter sua autoestima de volta.

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Linda Evangelista ficou cinco anos ausente dos holofotes por causa de uma reação negativa do corpo a um procedimento de congelamento de gordura. Mas, agora, a modelo, referência da moda nos anos 90, diz estar finalmente pronta para compartilhar sua história de dor emocional e física, que a deixou “deformada” e “desfigurada”.

“Adorei estar na passarela. Agora tenho medo de encontrar alguém que conheço. Eu não posso mais viver assim, me escondendo e com vergonha. Eu simplesmente não podia mais viver com essa dor. Estou disposta a finalmente falar”, desabafou Linda Evangelista à “People”.

Saiba sobre a técnica feita em Linda Evangelista

A técnica feita em Evangelista se chama Coolsculpting. Trata-se de um congelamento de gordura, com a promessa de deixar a pessoa mais “esculpida”, sem a necessidade de uma cirurgia. Assim, temperaturas muito baixas são aplicadas na região a ser tratada, por um determinado período de tempo.

Profissionais que fazem este tratamento afirmam que, em uma sessão, cerca de 20% e 25% das células de gordura são destruídas. No entanto, os resultados poderão ser vistos com o passar do tempo.

Três meses depois do início do procedimento, Linda Evangelista percebeu algumas protuberâncias nas regiões do queixo, coxas e seios. Nesse meio tempo, ela passou a fazer dietas e mais exercícios. “Eu tentei consertar eu mesma, pensando que estava fazendo algo errado. Cheguei a um ponto em que não estava mais comendo. Pensei que estava enlouquecendo”.

Linda Evangelista teve complicação rara com criolipólise

No caso de Linda Evangelista, a modelo teve uma complicação rara, chamada hiperplasia adiposa paradoxal (HAP). Ou seja, um efeito colateral da criolipólise. Em outras palavras, quando o procedimento causa uma reação adversa, que pode surgir entre 8 e 24 semanas após a técnica, as células de gordura aumentam ao invés de encolherem. Além disso, formam uma área endurecida de gordura localizada, como aconteceu com ela.

Em 2018, um estudo publicado pela Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos estimou uma incidência maior, de 0,025%, e que a HAP pode não ser tão rara quanto se pensa. “Segundo dados do fabricante, estima-se que a HAP ocorra em 1 a cada 4 mil ciclos de tratamento”.

Ex-modelo processa empresa após tratamento

Linda Evangelista entrou com uma ação processando a empresa Zeltiq Aesthetics Inc. por US$ 50 milhões, alegando danos por não poder trabalhar desde que passou por sete sessões de CoolSculpting no consultório de um dermatologista, entre 2015 e 2016.

Além disso, a empresa disse que cobriria o valor de uma lipoaspiração para Linda Evangelista apenas se ela assinasse um acordo de confidencialidade. No entanto, a modelo recusou e pagou por duas operações, que não foram nada satisfatórias.

“Não melhorou nem ao menos um pouco. São saliências que são duras. Se eu andar sem uma cinta com um vestido, o atrito vai fazer com que sangre”, lamentou.

Atualmente, Linda Evangelista diz não conseguir se olhar no espelho, mas que não quer mais se esconder para reconfortar outras mulheres em situações semelhantes.

Por fim, sobre procedimentos estéticos, ela reflete: “Por que nós sentimos que precisamos fazer essas coisas com nossos corpos? Eu sempre soube que iria envelhecer. E eu sei que isso é algo pelo qual o corpo passa”.

Foto de capa: Reprodução / Instagram @lindaevangelista

Redação Corpo Livre

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