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Modelo negra é chamada de “aberração” e psiquiatra é punido por racismo

O médico Jeffrey Lieberman descreveu a modelo Nyakim Gatwech como uma “aberração da natureza” em uma rede social e foi punido pelo comentário “racista e sexista”. Veja caso!

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Nyakim Gatwech foi vítima de racismo depois de ser chamada de “aberração da natureza” pelo renomado psiquiatra norte-americano Jeffrey Lieberman. Isso porque, em sua conta pessoal no Twitter, o chefe do departamento da Universidade de Columbia, já suspenso da instituição, compartilhou o comentário sobre a modelo usando uma foto dela. De acordo com a publicação, ela é a pessoa com o tom de pele mais escuro do mundo pela Guinness World Records.

Veja o que disse psiquiatra a respeito de modelo negra

“Seja uma obra de arte ou uma aberração da natureza, ela é uma bela vista de se ver”, escreveu Jeffrey Lieberman, na última segunda-feira (21). Após inúmeras acusações de racismo, o psiquiatra apagou sua rede social e, nesse meio tempo, enviou um e-mail aos seus colegas se desculpando pela publicação “racista e sexista”.

Além disso, ele acrescentou que estava “profundamente envergonhado” de seus “preconceitos e suposições estereotipadas”.  “Um pedido de desculpas meu à comunidade negra, às mulheres e a todos vocês não é suficiente. Eu machuquei muitos e estou começando a entender o trabalho pela frente para fazer as mudanças pessoais necessárias e, com o tempo, recuperar sua confiança”, escreveu Lieberman, momentos antes de ser suspenso.

Dr. Lieberman renuncia cargo de diretor executivo em instituto psiquiátrico

Dr. Lieberman se especializou em esquizofrenia e é considerado um dos principais psiquiatras do país. Primeiramente, o médico foi removido de seu cargo de psiquiatra-chefe do Centro Médico Irving da Universidade de Columbia/Hospital Presbiteriano. Em seguida, também renunciou o cargo de diretor executivo do Instituto Psiquiátrico, ambos pelo estado de Nova York. 

“Condenamos o racismo e o sexismo refletidos no tweet do Dr. Lieberman e reconhecemos e compartilhamos a mágoa, tristeza, confusão e emoções angustiantes que você pode estar sentindo”, disse Thomas Smith, o novo diretor interino, e outros líderes em um e-mail para a equipe.

Nyakim Gatwech rebate racismo: “Eu amo minha pele escura”

Em seu perfil do Instagram, Nyakim Gatwech rebateu a publicação. Primeiramente, esclareceu que o Guinness não monitora tons de pele. Além disso, comentou sobre o racismo sofrido.

“Não consigo imaginar que seja possível saber quem é a pessoa mais clara ou mais escura do planeta! Infelizmente, acredito que isso tenha impactado negativamente a minha conta no Instagram. Trabalhei muito duro para construir minha página e usá-la como plataforma para promover autoaceitação, positividade corporal e, claro, minhas parcerias com marcas, mas é sobre amor-próprio acima de qualquer outra coisa. Eu amo minha pele escura e meu apelido de “Rainha das Trevas”, mas nunca disse que sou a pessoa mais escura do mundo”, declarou.

Foto de capa: reprodução / Instagram @queennyakimofficial

Redação Corpo Livre

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