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Prazer feminino: como o patriarcado e a pornografia afetam a vida das mulheres?

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Prazer feminino: como o patriarcado e a pornografia afetam a vida das mulheres?

Já passou da hora de discutirmos o prazer feminino e como ele ainda é um tabu para muitas pessoas, principalmente para mulheres. Por isso, vamos refletir sobre o assunto para tentar entender as origens dessa problemática. Além disso, como é mais confortável para a sociedade patriarcal que a mulher não entenda do próprio prazer.

Prazer feminino: por que mulheres não entendem o próprio prazer?

A sexóloga Bárbara Bastos explica alguns fatores que exemplificam o porquê de muitas pessoas não entenderem o próprio prazer, principalmente as mulheres. “A questão é que a maioria das pessoas não tiveram uma boa educação sexual e acredita que a pornografia é o lugar ideal para se aprender sobre esse tipo de ato. Você assiste, se excita, gosta e quer replicar o que você vê. Porém nem tudo que você vê na internet é prazeroso e gostoso para todo mundo”, explica.

Primeiramente, a pornografia continua sendo um fator agravante para a infelicidade de muitas mulheres nos momentos íntimos, já que ela pode gerar graves inseguranças com o corpo, além de representar situações irreais de prazer. Isso vem diretamente nas bases do patriarcado, já que muitas dessas noções do que é ideal, passam pelo imaginário masculino cis hétero.

“Tudo que a gente entende é pensado no prazer de quem tem um pênis”

A influenciadora e especialista no tema, Marcela McGowan explicou mais sobre o assunto. A médica esclarece que há anos a gente vem construindo e seguindo um roteiro sexual, desenvolvido pensando no prazer de um único tipo de corpo: o de homens.

“Tudo que a gente entende sobre é pensado pro prazer de quem tem um pênis. É por isso que a gente tem um número tão grande de pessoas insatisfeitas com a suas vidas sexuais e com muitas queixas. As pesquisas mostram que mais de 80% das mulheres tem alguma queixa relacionada com a sua sexualidade. Muito disso se deve como esse sexo foi feito, como foi pensado e para quem agradar”, explica.

E nada disso é suposição. De acordo com a pesquisa Prazer Feminino, conduzida pela Hibou, 42% das mulheres afirmam que costumam ter dificuldade de atingir um orgasmo, e 79% já fingiram terem atingido o tal ápice. Ou seja, isso é um reflexo de uma sociedade que cria mulheres para não priorizarem o próprio prazer, e muito menos respeitá-lo.

Se conhecer é a melhor chave para o sucesso. O autoconhecimento nos gera leveza, confiança e amor próprio. Busque se entender e genuinamente descobrir o que você gosta, com um parceiro ou parceira que te respeite!

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Redação Corpo Livre

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

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