Bem-estar e autoestima
Rafa Brites fala sobre maternidade e pressão estética pós-parto

A maternidade e a pressão estética são alguns dos temas levantados por Rafa Brites em sua rotina de influenciadora digital. Com uma cicatriz na barriga, a criadora de conteúdo afirmou que passou por diversas transformações e o corpo é uma delas. “Na primeira gravidez tive muito mais insegurança em relação ao padrão estético que a sociedade impõe do que na segunda. Estava muito mais preocupada em voltar para um corpo padrão porque eu trabalhava na televisão e me sentia pressionada com isso, não que alguém tenha me falado de uma maneira explícita, mas eu me sentia pressionada”, refletiu em entrevista à “Marie Claire”.
Durante a gestação, Rafa Brites sempre se achou muito linda grávida. Porém, depois, com a chegada de uma cicatriz grande, a insegurança chegou por conta das expectativas do que a sociedade considera como belo. “Qualquer coisa minimamente diferente disso, por mais dentro do padrão que eu esteja, eu sentia que não estava correspondendo ao belo. Hoje esse problema estético eu resolvi bastante, mas ainda existe o problema clínico, ainda me dói quando sento, repuxa… ainda tenho vontade de resolver essa questão”, acrescentou.
“Precisa ter cuidado para não ser uma pressão da mulher”, diz Rafa Brites
Segundo Rafa Brites, ela não se viu anulada depois da maternidade. Respeitando seu tempo, ela se entende como mulher e a retomada do prazer pós-filho: “Pouco se fala, mas há ainda a parte emocional, do casal, o filho que dorme no meio dos dois… Precisa ter cuidado para não ser uma pressão da mulher. Tive essas fases e fui entendendo através da minha rede de apoio que eu tenho tempo pra fazer isso”.
Para Rafa Brites, é importante cada vez mais que outras mães falem abertamente sobre dores e inseguranças. De acordo com a artista, ela mesma procurou os filhos para mostrar suas próprias cicatrizes e, assim, encarar “seu monstro”.
“Minha sombra representa muito mais do que uma cicatriz. Representa muitas frustrações de não ter conseguido ter os partos que imaginei. É muito importante entender que quando nasce uma mãe, nasce um luto, um luto pelas nossas expectativas, nossas projeções de tudo que foi construído como maternidade ideal. E a vida é justamente desconstruir essa maternidade através de uma realidade que para cada uma se apresenta de uma maneira diferente”, declarou.
Maternidade: Rafa Brites aposta na criação com igualdade de gênero
Assim como Isis Valverde, Rafa Brites também aposta na criação de seus filhos através da igualdade de gênero. Para ela, sua maior missão é ter essas conversas definitivas. “Minha maior missão é criar dois meninos que sejam independentes, autônomos, empáticos, que eles tenham consciência de raça, classe e gênero. Desde muito cedo, explico isso pra ele, sobre esse respeito pelas mulheres, da importância das mulheres… Tenho certeza que se tem uma coisa que me dedico na maternidade é justamente em criar empatia para meus filhos”, disse.
Famosa explica como lida com o “julgamento” da internet
Ativa nas redes sociais e com mais de 2 milhões de seguidores, Rafa Brites aposta em postagens que levantam discussões necessárias para a sociedade. No entanto, ela assume que, de vez em quando, fica “de saco cheio” na internet. “Várias vezes acabo fazendo conteúdo porque o algoritmo exige nessa minha profissão de influencer, mas sem querer fazer. Eu tenho um planejamento de tempos em tempos e posso ignorar os algoritmos e ficar um tempo fora. Hoje eu produzo mais do que consumo nas redes. Trabalhar com isso me deu um pequeno bode”, assumiu.
Assim como várias outras famosas, Rafa Brites também lida diariamente com o “tribunal” da internet. Por fim, ela explica como lida com o julgamento das pessoas: “
“A partir do momento que entendi isso, primeiro, eu passei a ponderar qualquer julgamento que faria porque eu teria que me autoanalisar. Passei apenas a apoiar as pessoas, se eles, claro, estiverem fazendo coisas éticas, e também me preocupar pouco com o que acham de mim. Essa frase me ajudou muito. Não sei como consegui desenvolver isso, mas eu não sou uma pessoa que me importo muito com o que as pessoas falam de mim nas redes sociais. Não sei se é porque estou desde o começo… no fundo você vê que não é tão maravilhosa quanto às pessoas que te elogiam e nem tão péssima quanto as pessoas que te xingam… Eu presto mais atenção às pessoas ao meu redor, que me conhecem, que amam, que podem me dar feedback positivo ou negativo, do que a internet. Pode parecer hipocrisia, mas minha família me ajudou a ter essa autoestima estruturada”, completou.