Brasil
Buchecha recorda racismo no início da carreira: ‘Pó na cara pra ficar bonito’
Buchecha revelou em recente entrevista detalhes do início de sua carreira, que aconteceu nos anos 90. Na época, o cantor fazia dupla com seu falecido irmão e parceiro musical, Claudinho, que morreu em um acidente de carro em 2002, aos 26 anos.
Segundo ele, ambos recebiam que críticas, que iam de racismo até o apagamento cultural. “Nunca tínhamos passado pó na cara na vida, mas falaram pra gente que tinha que passar para ‘ficar bonito’. Mandaram a gente sorri, aí está”, disse.
Buchecha quis mostrar o outro lado da favela: ‘Honestidade e alegria’
Além disso, Buchecha também falou sobre a vontade que tinham de mostrar o lado feliz da favela, que é o contrário do que a mídia tenta perpetuar.
“A gente só queria cantar em paz. A gente sempre quis mostrar o outro lado da favela, que é a honestidade, força de vontade, alegria, paz e o amor. Sem desmerecer ninguém. Fechar os olhos para a realidade. Sem acuarmos diante das dificuldades e sem acharmos que somos melhores”, declarou Buchecha.
Toda a resistência cultural promovida pelos ritmos que vem das comunidades, como o funk ou o samba, por exemplo, é essencial para evitar esse apagamento constante de suas raízes. É como Buchecha disse: sem desmerecer ninguém.