Siga o Corpo Livre

Brasil

Ludmilla enfrentou o machismo estrutural no início da carreira: ‘Ouvia gracinha’

Publicado

on

Ludmilla enfrentou o machismo estrutural no início da carreira: 'Ouvia gracinha'

Ludmilla revelou que enfrentou o machismo no início da carreira no funk. Nas últimas décadas, vimos uma conversa crescente sobre a desigualdade de gênero e o sexismo que existe na maioria dos locais de trabalho, mas indústria da música não é diferente. Dominada por homens, muitas mulheres acabam se deparando com o machismo estrutural no meio do percalço. Recentemente, Ludmilla detalhou as dificuldades e como lidou com isso.

“Na época de MC Beyoncé, por exemplo, eu tinha 16 anos e dividia camarim com mais cinco homens na noite. Eu era obrigada a ouvir todo tipo de gracinha. Meu sonho era ter o meu próprio camarim”, relatou. 

Além de Ludmilla, Luana Prado enfrentou o machismo e resistência no sertanejo

Assim como Ludmilla, Lauana Prado também falou sobre o assunto. De acordo com a cantora, que é referência do feminejo, ela já passou por algumas situações de preconceito e resistência em seu universo musical. “O ambiente do sertanejo sempre foi muito masculino e machista, não tem como negar. Já vivi situações embaraçosas até com cantores ‘famosões’. Quando me sinto em uma situação dessa, me recolho. Não faz parte do ambiente que queria estar, não faz sentido mais para mim. Só que consigo lidar muito bem nesse sentido e continuo fazendo o meu trabalho”, disse ao “Gshow”.

De acordo com Lauana Prado, o sertanejo é um ambiente ainda em evolução. “Nós, mulheres, como atuantes nesse mercado, e não só as artistas, estamos cada vez mais respeitadas e temos feito por onde. Nosso trabalho cumpre a qualidade de qualquer outro artista do sertanejo. Estamos buscando igualdade, não é nada mais do que ter a oportunidade de ser vista de forma igual”, acrescentou.

Lauana Prado vê importância da história de Marília Mendonça na evolução

Para Lauana Prado, primeiramente, parte dessa evolução se deu graças a Marília Mendonça, que morreu vítima de um acidente aéreo em 2021

“A gente vai sempre fazer muita questão de cantar, falar e dividir as experiências sobre ela. Assim, é impressionante o quanto a Marília ensinou e trouxe para a música. Ela foi muito importante para meu processo de construção de carreira. Mulheres como Roberta Miranda e Paula Fernandes pavimentaram esse caminho, mas a Marília Mendonça trouxe para nós um troféu dourado dizendo ‘seremos mais do que aceitas, seremos amadas e respeitadas.’ Ela não fazia ideia da importância que tinha e vai continuar tendo do lado de cá. Para retribuir, minimamente, o que ela representou, vou continuar fazendo o meu trabalho, defendendo a presença de mulheres e levando música boa”, completou.

Redação Corpo Livre

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

MAIS LIDAS

Copyright © 2023 Corpo Livre - Todos os direitos reservados.