Paola Carosella revela que sofria machismo e xenofobia na época de ‘MasterChef’

Paola Carosella desabafou a respeito do machismo que sofreu nas redes sociais na época em que comandava o “MasterChef” com o brasileiro Henrique Fogaça e Erick Jacquin. Além dos ataques, a cozinheira argentina também era vítima da xenofobia do público.

“Eu era quem mais recebia ódio, como ‘cala a boca, vai embora, volta para o teu país’. Irrita muito ter uma mulher não brasileira julgando brasileiros”, contou a apresentadora, que nunca foi  hostilizada pelos outros jurados do reality show ou até mesmo por competidores. “Nós três nos dávamos muito bem, a gente morria de dar risada. Faz muito tempo que não vejo eles porque cada um tem seus projetos”, declarou.

Paola Carosella já foi acusada de favorecer cozinheiro no ‘MasterChef’

Na época que atuava no “MasterChef”, inclusive, Paola Carosella chegou a ser acusada de favorecer um participante, que se tornou finalista de uma das edições. “Três homens e eu escolhemos um participante homem como ganhador da prova. Mas, quem de fato levou ele para o mezanino exercendo favoritismo e falta de seriedade fui eu (mulher) porque estou com vontade de dar para ele. Boa noite Brasil. Bom descanso”, tuitou. 

No entanto, Hugo foi escolhido como finalista pelos três jurados do programa, sendo dois homens, e também pelo chef convidado da ocasião, Pablo Oazen. Porém, as críticas surgiram apenas como se Paola fosse a responsável pela vitória do rapaz. Acusada de ajudar uma outra pessoa em uma receita, a Chef decidiu rebater: “Assistam ao programa, todos ajudamos a todos! É parte da mecânica do ‘Masterchef’! Você acha que nós fazemos o que queremos? Assim descaradamente ajudamos a um e não a outro! Quanta paranoia”.

Chef lidou com o machismo dentro de seu próprio casamento

Recentemente, em entrevista à revista “Boa Forma”, Paola Carosella revelou que foi vítima de abuso psicológico e machismo durante o casamento com o fotógrafo Jason Lowe. Segundo a cozinheira, o ex-marido não apoiava seu sucesso. “Não foi do nada. A gente teve dois anos muito difíceis e chega um ponto em que a gente tem que se perguntar até onde você tem que lutar por um relacionamento, até onde vale a pena sofrer?”, começou, acrescentando que acreditava que sua felicidade chegou ao ponto de incomodar seu parceiro:

“Esse incômodo chegava a mim na forma como ele se expressava, de uma maneira meio manipuladora, sabe? Vinha um pequeno maltrato, uma frase agressiva fora de lugar… Mas tudo sob um manto de ‘eu te amo’. E quando você está dentro disso e ama a pessoa, você não percebe muito bem o que está acontecendo, a manipulação. É preciso você olhar de fora, reparar no que está nas entrelinhas – que vistas de fora estão em letras bem grandes. Eu me separei e depois de 4 meses que muitas dessas ‘fichas’ começaram a cair ”, afirmou.

De acordo com Paola Carosella, é muito difícil para um homem aceitar o sucesso de uma mulher. “Você vai tentando entender onde o outro está para ver como você pode ajudá-lo. Só que chega um momento em que você fez de tudo pra ajudar a pessoa a lidar com aquilo e o próximo passo seria você se limitar para não incomodar o outro. Eu tenho todo direito de ser feliz sem empecilhos. Eu não quero deixar de ser feliz para fazer espaço para o outro”, concluiu.