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Marvvila e a nova geração feminina do pagode: “Barreiras se quebrando”
Marvvila é uma das representantes femininas da nova geração no pagode. Aos 22 anos, a cantora tem Ludmilla como uma de suas referências e cita importância da cantora: “Ajudando a mim e a outras mulheres”.
O ano é 2022 e ainda são poucas as referências femininas no pagode na atual geração. Nome promissor no segmento, Marvvila é uma forte representante, mas já sentiu que era impossível se destacar em um meio dominado por homens. No mês de março, em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, ela comemora o espaço na música aos 22 anos.
Marvvila diz que já teve medo de cantar pagode
“Aos poucos, as barreiras estão se quebrando. As pessoas acabaram se acostumando a ver tantos homens cantando. Ao mesmo tempo, quando aparece uma mulher, o público a abraça. Só faltava mesmo a gente perder esse medo. Eu faço parte desse grupo que um dia já teve medo e disse que não iria cantar. A gente está se encorajando, e as pessoas estão pedindo isso”, disse Marvvila, em entrevista à “Quem”.
Quando mais nova, a artista achava que sua relação com a religião evangélica e o segmento dominado por homens poderiam atrapalhar seus sonhos: “Cresci num lar cristão, então era bem presa e não tinha contato com outros gêneros musicais. Eu tinha esse receio de me jogar justamente por achar impossível, como uma menina, estar num meio dominado por homens. Antes disso, eu fazia meus vídeos sem planejamento, só porque gostava de cantar. As pessoas começaram a acreditar e foi aí que concretizei como algo que eu realmente queria”.
Marvvila cita importância de Ludmilla no pagode: “Ajuda outras mulheres”
A carreira de Marvvila começou aos 18 anos. No entanto, foi aos 20 que ela subiu em um grande palco ao participar do Numanice, projeto de Ludmilla no pagode.
“Ela me ajudou muito. Eu era uma menininha, muito fã, e acreditava que seria muito distante uma artista desse tamanho me notar assistindo aos meus vídeos. Depois de um tempo, eu a conheci e ela me chamou para participar do Numanice. Até então, nunca tinha gravado nada, só tinha meus vídeos. Foi isso que me projetou. Além disso, com o nome dela, tudo que ela fizer já é referência. Gravando pagode, está ajudando a mim e a outras mulheres”, declarou ela.
Cantora comemora ser referência feminina no pagode
Além disso, uma das intenções de Marvilla é a mesma que a de Rebecca no funk: a representatividade. Por isso, vale relembrar que, no último Prêmio Multishow, a cantora foi a única mulher que subiu ao palco e fez performance em uma ronda de samba, que contou com grandes nomes do pagode, como Grupo Menos é Mais, Xande de Pilares e Ferrugem.
“Foi muito emocionante. Sempre tive o sonho de estar no Prêmio Multishow, e ter representado a mulher no segmento foi muita responsabilidade, incrível. Essas coisas vão dando alegria e confiança para a gente seguir em frente. Cada porta que se abre mostra que estou no caminho certo”, comemorou.
Por fim, se tem uma pessoa que é referência para Marvvila no pagode, esse alguém é o Belo. “É inspiração para mim. Ele sempre apoiou mulheres ao longo da carreira e tem muitos sucessos com participações femininas. Como artista consagrado, ele foi muito generoso e humilde ao participar do meu primeiro DVD, da divulgação da música, botar a cara e acreditar. Ele continua me ensinando muito não só sobre música e técnica, mas sobre o ser humano”, completou.
Foto de capa: reprodução / Instagram @marvvila
