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Procedimentos estéticos sem cirurgia: saiba quais são os principais riscos
Preenchimento vaginal e levantamento de seios são alguns procedimentos estéticos que podem ser feitos sem precisar de uma cirurgia. Mas você sabe quais são os riscos dessas técnicas? Confira!
Preenchimento vaginal, levantamento do peito e rinomodelação são alguns dos procedimentos estéticos sem cirurgia que estão em alta pelas redes sociais. No entanto, a pressão estética para ter um corpo “perfeito” pode acabar levando muitas mulheres a sofrerem riscos de saúde mesmo sem intervenções cirúrgicas. Por isso, reunimos algumas técnicas adotadas e que servem de alerta às pessoas que fazem de tudo para se adequar, a todo custo, aos padrões de beleza.
Procedimento estético na vagina é feito sem cirurgia com ácido hialurônico
Um dos procedimentos estéticos sem cirurgia que ganhou muita repercussão nas redes sociais foi o preenchimento vaginal. A técnica é feita com ácido hialurônico, com o propósito de aumentar o prazer sexual dos homens.
O preenchimento do ponto H consiste na aplicação da substância dentro da cavidade vaginal e, com esse relevo, aumentar o atrito com o pênis. Assim, supostamente, oferece mais prazer sexual aos homens. Ao “G1”, a médica ginecologista Gabriela Pravatta Rezende disse que o preenchimento vaginal não traz nenhum benefício à vida ou saúde da mulher.
A médica alerta ainda que o uso da substância ainda é experimental e não se sabe ao certo se pode causar problemas, como “estimular lesões na vulva feminina ou aumentar as chances de infecções, corrimento e deformidades”.
Levantamento de peito não-cirúrgico pode causar necrose na região
Outro procedimento estético bastante comentado é o levantamento de peito sem cirurgia. A técnica consiste na sucção dos seios, provocando um “up instantâneo”. De acordo com o Dr. João Tassinary, expert em estética, fazer sucção das mamas não é indicado. Ele alega que o procedimento, muito comum no bumbum, já causou problemas de necrose tecidual.
Além disso, tem ainda o preenchimento nos seios com plasma filler. A técnica consiste em colher sangue do braço da paciente e colocá-lo em uma centrífuga que separa as plaquetas. Em seguida, essas plaquetas são injetadas em diferentes pontos dos seios. O preenchimento pode durar até três meses, já que o corpo absorve.
Profissionais alertam que o perigo está em alergias graves e problemas respiratórios, como uma lesão pulmonar aguda causada pela transfusão de plasma.
Menos invasivo que a rinoplastia, rinomodelação tem riscos
Um método bastante buscado e realizado no Brasil é a rinomodelação. Ela é feita com ácido hialurônico e bem menos invasiva do que uma rinoplastia. No entanto, dependendo do procedimento, pode desencadear infecções, distúrbios vasculares, dores crônicas, crescimento anormal do tecido ósseo, entre outros problemas graves.
Foi o caso da jornalista Patrícia Aguiar, que, em 2018, escapou de uma necrose no nariz depois de uma rinomodelação, feita por uma biomédica habilitada em estética, em Recife. Os médicos que a atenderam explicaram que a profissional inseriu o ácido em um vaso que faz ligação com o cérebro e o olho, entupindo-o e causando uma oclusão arterial. Como a biomédica esteticista que realizou o procedimento não identificou o problema, o caso evoluiu para a necrose.
Foto de capa: Unsplash