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Brunna Gonçalves fala sobre autoaceitação dos cabelos crespos após transição
Brunna Gonçalves comentou a respeito do seu processo de autoaceitação após passar pela transição capilar e assumir os cabelos crespos. “A Brunna de 10 anos atrás não tinha em quem se inspirar, tinha vergonha e não se aceitava. Estar aqui hoje representando todas as mulheres pretas que se aceitam e aceitam sua origem é sinônimo de felicidade”, declarou ela em meio às lágrimas em uma entrevista.
Brunna Gonçalves optou pelo big shop nos cabelos para acelerar transição capilar
A transição capilar de Brunna Gonçalves durou cerca de dois anos e meio. Ao assumir seus cabelos cacheados, a ex-dançarina de Ludmilla abandonou a química e alisamento que a fizeram refém por conta da pressão estética. Em entrevista à “Glamour”, a fashionista desabafou a respeito da dificuldade em assumir sua textura natural. Além disso, reforçou o quanto as laces foram importantes para a construção dessa nova história com suas próprias madeixas.
“Quando eu resolvi passar pela transição, eu já fiz o big chop para não ter como voltar atrás com a minha decisão”, disse Bruna Gonçalves, citando o procedimento ideal para quem quer se livrar de vez da química dos fios e não quer lidar com as duas texturas durante esse longo processo. Em seguida, ela continuou a falar sobre como os apliques lhe ajudaram a passar pela fase de forma mais leve:
“Era muito difícil, eu me olhava no espelho e não me reconhecia, o meu cabelo tinha várias texturas. Eu lavava meu cabelo, hidratava, cuidava dele, via como ele estava ficando e depois colocava a lace de novo. Quando eu finalmente consegui me olhar no espelho e me reconhecer com meu cabelo foi um momento libertador, fiquei muito emocionada porque eu não mostrava meu cabelo para ninguém, nem para minha mãe, tinha muita vergonha. É transformador ter conseguido passar por isso”.
Brunna Gonçalves estudou finalizações e teve ajuda de profissionais durante transição capilar
De acordo com Brunna Gonçalves, o processo para cuidar dos cabelos cacheados foi muito difícil, já que ela estava acostumada a usá-los alisados. “Eu não sabia o que era fitagem, não sabia qual creme usar, o que era compatível com o meu cabelo, qual era meu tipo de cacho… Eram muitas questões, graças a Deus a gente tem internet hoje em dia que ajuda muito. Procurei vários estilos de finalizações e tive ajuda de vários profissionais para entender o meu próprio cabelo. Até hoje vou estudando e vendo como ele vai se adaptando, às vezes gosto de usá-lo com mais frizz, às vezes mais definido, mais cheio, vou brincando”, comenta.
No entanto, Brunna Gonçalves passou a lidar com a pressão para usar somente os cabelos naturais depois do processo de transição capilar. A mulher da funkeira Ludmilla esclarece que passou pela transformação justamente para não ter esse estereótipo, mas mesmo assim não conseguiu driblar os críticos de plantão.
“Eu quero usar o cabelo que me dá vontade de usar, cada pessoa tem seu estilo, eu tenho vários, não consigo me prender a um cabelo. Não consigo me olhar no espelho e me ver só com essa cara. Gosto de mudar, não adianta me colocar numa caixinha, eu sou muito camaleoa. Desde criança, eu sempre fui assim. Eu tento deixar para lá, me distrair, porque essa é minha personalidade, todo mundo me conhece por mudar de cabelo toda hora”, completa.