Corpo
Cris Vianna lembra pressão estética nas passarelas: ‘Perdi 8 kg em uma semana’
Cris Vianna relembrou os tempos de modelo ao encerrar o desfile da Amarante do Brasil, em São Paulo, no início de abril. Em entrevista, a atriz desabafou a respeito da pressão estética que sofreu quando estreou nas passarelas. Além disso, ela afirma que a diversidade de corpos e etnias de hoje com o início dos anos 2000 é incomparável.
“Há 20 anos, era salada de alface, tomate e academia para chegar no padrão. Cheguei a escutar que não estava gorda, mas que precisava emagrecer um pouco antes de um desfile porque todas as modelos eram brancas e, ao lado delas, eu parecia muito maior por conta das minhas curvas”, disse.
Por pressão estética, Cris Vianna perdeu 8 quilos em uma semana
Segundo Cris Vianna, ela chegou a perder uma quantia considerável de peso em poucos dias para se encaixar nos padrões da passarela da época: “Lembro que perdi 8 kg em uma semana, um processo completamente irresponsável. Hoje, entro na passarela com o que tenho e gosto do que vejo no espelho. É quase que um agradecimento ao meu corpo, ao que sou e pertenço”.
Positividade corporal e inclusão na moda ainda é limitante
A confiança é um conceito que muitos homens e mulheres lutam para buscar. Crescer com a mídia social ditando os padrões de beleza afetou nossa juventude de maneira traumática. Em particular, a indústria da moda enfatiza um modelo de corpo “ideal” que na maioria das vezes é inalcançável.
As modelos de hoje são constantemente vistas como ícones corporais. No entanto, infelizmente, para se manter magra, muitas passam fome, se obrigam a malhar e se sentem pressionadas para parecer “perfeitas” o tempo todo, podendo gerar uma dismorfia corporal, ansiedade e até mesmo depressão.
Cris Vianna acredita na mudança e na maior diversidade nas passarelas. Porém, a positividade corporal e a inclusão têm um longo caminho a percorrer no mundo da modelagem. Claro, existem modelos maravilhosas como Ashley Graham e Iskra Lawrence, defendendo o corpo livre. Mas também existem tantas outras mulheres que estão comprometendo sua saúde física e, muitas vezes, mental para o avanço de suas carreiras. A relutância da indústria da moda ainda é alarmante e limitante.
