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Olimpíadas: 5 lições importantes que tivemos em Tóquio

Muito além do esporte, as Olimpíadas levantaram debates importantes sobre saúde mental, racismo, gordofobia e sexismo. Confira!

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Olimpíadas de Tóquio: 5 lições importantes

Um olhar mais atento pelas Olimpíadas de Tóquio pode trazer grandes lições para a nossa vida. Desde que a competição começou, os atletas, dentro e fora dos jogos, levantaram questões que precisam ser debatidas pela sociedade, algumas até com uma certa urgência, como saúde mental, sexismo e racismo.

Confira 5 lições que vieram à tona durante as competições!

1) Nossa saúde mental tem que ser priorizada

Uma lição que tivemos durante os jogos olímpicos foi olhar com mais carinho para a nossa saúde mental. A ginasta americana Simone Biles não participou da final por equipes e nem da final individual geral depois que alegou problemas com seu psicológico.  

Reconhecer que está passando por um momento de fragilidade, em uma competição de muita pressão, é um ato de bravura de Simone Biles, principalmente por vivermos em uma era com julgamentos para todos os lados. 

“Assim que eu piso no tablado, sou só eu e a minha cabeça, lidando com demônios. Tenho que fazer o que é certo para mim e me concentrar na minha saúde mental e não prejudicar minha saúde e meu bem-estar. Há vida além da ginástica”, disse a ginasta. 

Conforme a avaliação médica emitida por comunicado oficial, a ginasta continuará sendo avaliada diariamente com todo o seu apoio: “Apoiamos de todo o coração a decisão de Simone e a aplaudimos em priorizar seu bem-estar. Sua coragem mostra, mais uma vez, porque ela é um exemplo para tantos”.

2) Gordofobia vira debate nas Olimpíadas

Gordofobia é um assunto sério e está longe de ser uma piada. No entanto, pelas Olimpíadas, a goleira da seleção brasileira de futebol feminino, Bárbara Barbosa, sofreu críticas quanto a sua forma física. Os comentários foram feitos por um jornalista holandês, na partida entre Brasil e Holanda. “Essa goleira está acima do peso, não?”, disse, completando com um insulto gordofóbico: “É uma porca com um suéter. É uma zombaria total para a seleção brasileira. Ela realmente não defendeu uma bola decente”.

Essa não foi a primeira vez que uma mulher foi vítima de gordofobia no esporte. Anteriormente, no vôlei feminino de praia, internautas também questionaram o peso de Rebeca e comentaram que ela poderia prejudicar a equipe brasileira. No entanto, ela e sua dupla, Ana Patrícia, venceram o Quênia.

3) Sexismo nas Olimpíadas tem que acabar

Com todos esses debates, uma polêmica de fora foi assunto nas Olimpíadas. Isso porque a seleção norueguesa de handebol de praia recebeu uma multa pela recusa de usar biquíni como uniforme pelo campeonato europeu. 

A atitude do time trouxe à tona um debate que já é antigo. O sexismo se reflete no controle dos uniformes das atletas e valorizam mais as roupas do que o desempenho. Na modalidade não-olímpica, os homens vestem camisetas folgadas e bermudas, enquanto mulheres usam biquínis cavados. 

“Isso é sexismo na sua forma mais cristalina. Infelizmente, o sexismo no esporte é ainda muito recorrente e é um dos fatores que explica porque tantas atletas brilhantes abandonam suas modalidades”, opinou a escritora e criadora de conteúdo digital e ex-advogada Tova Leigh.

4) Debater sobre o racismo é necessário

O racismo voltou a ser tema das Olimpíadas. No Twitter, internautas recordaram o caso envolvendo os atletas brasileiros Arthur Nory e Ângelo Assumpção.

Em 2015, Nory foi acusado de crime racial depois de aparecer falando frases de cunho racistas contra o colega de equipe em vídeo. Mas o caso ressurgiu nas Olimpíadas e Arthur foi eliminado no primeiro dia de competição de ginástica. O atleta atribuiu a sua derrota às mensagens negativas e rejeição que recebeu.

No entanto, enquanto Nory continuou competindo com uniforme da seleção brasileira, Assumpção foi demitido em 2019.  O triste caso dentro do esporte reforça que racismo é crime! Ofender alguém com base em sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência pode gerar reclusão de um a três anos e multa.

5) Vacina salva vidas

Quem deu um grande exemplo nas Olímpiadas foi Rayssa Leal, a Fadinha do skate. A adolescente, de 13 anos, não só encantou os brasileiros por trazer a medalha de prata ao país, mas também por sua leveza ao competir em alto nível.

Além disso, Rayssa não deixou de demonstrar todo o seu cuidado com o atual cenário, em meio a pandemia. Pouco depois de conquistar a prata, ela pediu aos fãs que não a esperasse no aeroporto para evitar aglomerações. Por fim, incentivou internautas a se vacinarem, usarem máscaras e se atentarem a higienização com álcool gel. 

Essa atitude de Rayssa só demonstra uma consciência superior e maturidade, não é mesmo?

Foto de capa: USA Gymnastic

Redação Corpo Livre

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

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