Onde estão os peitos grandes? Corpos reais são cada vez mais excluídos das passarelas

Com o retorno da estética dos anos 2000 cada vez mais potente, os corpos reais estão novamente excluídos das passarelas. Nos últimos desfiles de moda, por exemplo, a magreza excessiva continuou como grande destaque. Já as mulheres de peitos grandes, sequer foram cogitadas pelos maiores estilistas da atualidade.

Roupas cada vez menores podem abalar autoestima de mulheres com peitos grandes

Com expectativa de que a moda se tornaria mais diversa, a cultura fashion até havia começado a abraçar as figuras curvilíneas. No entanto, a realidade é que poucos estilistas continuam fazendo roupas que caibam e sejam confortáveis para peitos grandes. Por isso, acabam refletindo nas roupas que são produzidas em massa para o público. 

Quantas mulheres com peitos grandes tiveram que comprar roupas em tamanhos maiores para se sentirem confortáveis? Ou levaram um look e tiveram que fazer ajustes depois? 

Agora, com a nostalgia do início dos anos 2000 e a tendência Y2K, muitas vão se sentir cada vez menos pertencentes à moda e isso, sem dúvidas, afeta a autoestima. Nesse retrocesso, parece que somos obrigados a lidar e aceitar os padrões corporais da sociedade enquanto as peças ficam menores a cada dia. 

Emily Ratajkowski diz que as pessoas não trabalham com ela por causa de seus peitos grandes

Em uma entrevista, a atriz e modelo Emily Ratajkowski, que tem um corpo considerado dentro do padrão imposto pela sociedade, revelou que recebeu muito “não” de trabalhos por conta de seus peitos grandes.

“É como uma coisa anti-mulher, que as pessoas não querem trabalhar comigo porque meus seios são muito grandes. O que há de errado com os seios? Eles são uma bela coisa feminina que precisa ser celebrada. Tipo, quem se importa? Eles são muito grandes, eles são muito pequenos. Por que isso deveria ser um problema?”, indagou.

Além disso, desabafou por estar sempre sendo sexualizada por conta de sua genética. “Realmente me incomoda que as pessoas se sintam tão ofendidas com os seios. Aliás, foi quando percebi o quão fodid* nossa cultura é. Quando vemos seios, não pensamos em beleza e feminilidade. Pensamos em imagens vulgares e super sexualizadas”, acrescentou.

Moda precisa se dedicar a promover mais inclusão

Então, como esses ideais ainda encontram seu caminho na moda quando o movimento de positividade do corpo parece prosperar? 

Com modelos curvilíneas e de seios grandes como Precious Lee, Ashley Graham e Paloma Elsesser enfeitando várias passarelas de alta costura e capas de revistas, é de se esperar uma grande ilusão e progresso dentro do cenário da moda, como acontece com a Savage X Fenty.

A marca de Rihanna é conhecida por não apenas se dedicar a promover inclusão de tamanho, mas também alinharam seus designs para acomodar as formas e tamanhos de peitos. Por fim, vamos continuar torcendo por um futuro mais promissor!