Brasil
Teresa Cristina desiste das lives após sofrer racismo: ‘Coisas pesadas e nojentas’
Teresa Cristina desistiu de protagonizar transmissões virtuais na internet. De acordo com a cantora e compositora, a decisão foi tomada por ela depois de ser vítima de ataques racistas de alguns internautas que a acompanhavam pelas lives.
“Passaram a me chamar de ‘sua suja’, ‘sua macaca porca’… Umas coisas muito pesadas, nojentas”, recorda. “Pensei: sou obrigada a lidar com isso? Não! Até porque eu não criei uma prisão, criei uma janela, com essa coisa da live. Não quero fazer para ficar magoada. Não vale a pena”, desabafou ela, durante entrevista comandada por Zeca Camargo ao “Splash”.
Teresa Cristina sentiu que racismo tinha referência política
Segundo Teresa Cristina, ela sentiu que alguns dos comentários racistas que recebeu e outras ofensas tinha cunho político. “Ficavam dizendo ‘vai para Cuba’, ‘a mamata da Lei Rouanet vai acabar’. Mas isso não me afetava. Meu amor, quem dera que eu tivesse mamata! Nunca tive nenhum dinheiro de patrocínio, de nada!”, acrescentou.
Além disso, para a artista a propagação de mensagens de ódio na internet tem aumentado com o passar do tempo. Desse modo, Teresa Cristina acredita que existem pessoas que têm se sentindo mais à vontade por conta do anonimato.
“Essas pessoas – que não somente não gostam do diferente, mas produzem ódio, germinam ódio dentro de si – existiam há muito tempo, mas eram envergonhadas. Não tinham coragem [de se expor]”, disse.
Após caso de racismo, Teresa Cristina rejeita rótulo de ser apenas militante. Entenda!
Referência para muitos jovens, Teresa Cristina é uma artista e tanto. Por isso, ela não quer ser apenas rotulada pela militância.
“Teve um vídeo sobre racismo em que me marcaram, e um cara falou assim: ‘por que a Teresa não está aqui, comentando?’ Amor, eu tenho tanta coisa para falar! Me chama para falar de futebol, de música, de comida… De qualquer coisa! Eu estou cansada!”, desabafou, finalizando que não tem pretensão de assumir um cargo político: “Não tenho estômago. Não posso chegar a uma reunião e dar de cara, por exemplo, com a Damares Alves, amor! Eu não saberia o que fazer! Não conseguiria estender a mão e falar ‘boa tarde'”.