Corpo
‘Você engordou’: Tallulah Willis desabafa sobre dismorfia e pressão estética
Tallulah Willis falou abertamente sobre a dismorfia corporal ao expor alguns comentários gordofóbicos que vem recebendo pelas redes sociais. De acordo com a filha de Bruce Willis e Demi Moore, alguns internautas insistem em mandar mensagens de ódio e chamá-la de gorda de forma pejorativa pela internet.
Tallulah Willis recebe mensagens pejorativas sobre sua aparência física
Primeiramente, Tallulah Willis disse que algumas pessoas continuam com o hate mesmo após revelar que possui uma doença mental com foco obsessivo em um defeito que a pessoa considera ter na própria aparência. “Acho importante compartilhar isso, que isso acontece, que isso acontece com uma pessoa em recuperação, que foi honesta sobre o quão doente ela estava/está e está trabalhando diariamente para encontrar segurança e um lar dentro de sua pele”, começou ela.
Em seguida, Tallulah Willis explicou que hoje em dia sabe lidar melhor com os comentários de ódio na internet. “Achei muito importante mostrar isso, que isso acontece. Estou muito grata por ter chegado a um lugar onde não sou desmantelada por palavras de estranhos (na maior parte). Eu te amo e gosto de você – eu mesma, com meus buuskis incluídos!”, disse ela.
Nas imagens compartilhadas por Tallulah Willis nas redes sociais, uma pessoa chega a incluir emojis de nojo depois de falar sobre a forma física dela por algumas vezes. “Você está gorda” e “você engordou” foram algumas das mensagens que ela recebeu.
Tallulah Willis ficou abalada e se “puniu” por não parecer com Demi Moore
Essa não é a primeira vez que Tallulah falou abertamente sobre o quanto os comentários a respeito de sua aparência física afetaram sua saúde mental e emocional. Em maio de 2021, inclusive, ela desabafou nas redes sociais sobre os anos em que passou bastante focada nisso, tudo por que desde quando nasceu disseram que ela se parecia mais com Bruce Willis do que a mãe, Demi Moore. Por conta disso, ela se “puniu”.
“Fiquei ressentida com a semelhança, pois acreditava totalmente que meu rosto ‘masculino’ era a única razão para minha falta de amor – FALSO! Eu era/sou inerentemente valiosa e digna, em qualquer estágio da vida, em qualquer tamanho, com qualquer cabelo”, refletiu ela.
O que é dismorfia corporal?
Vale lembrar que a herdeira de Bruce e Demi Moore abordou pela primeira vez sobre sua condição em 2014. O transtorno dismórfico corporal (TDC) é um transtorno mental distinto no qual uma pessoa está preocupada com um defeito físico imaginário ou um defeito menor que outras pessoas muitas vezes não conseguem ver. Como resultado, as pessoas com esse distúrbio se consideram “feias” e muitas vezes evitam a exposição social ou recorrem à cirurgia plástica para tentar melhorar sua aparência.
Pessoas com dismorfia corporal têm pensamentos, medos ou imagens (obsessões) recorrentes e angustiantes que não conseguem controlar. A ansiedade produzida por esses pensamentos leva a uma necessidade urgente de realizar certos rituais ou rotinas. Com esse transtorno, a preocupação de uma pessoa com o defeito muitas vezes leva a comportamentos insistentes, como olhar constantemente no espelho ou cutucar a pele. A pessoa acaba ficando tão obcecada que seu funcionamento social, profissional e doméstico sofre.
Quais áreas mais afetadas do corpo?
Esse distúrbio crônico afeta igualmente homens e mulheres, mas geralmente começa durante a adolescência ou início da idade adulta. As áreas mais comuns são:
- Imperfeições da pele: incluem rugas, cicatrizes, acne e manchas.
- Cabelo: na cabeça ou no corpo ou até mesmo ausência de cabelo.
- Características faciais: muitas vezes, isso envolve o nariz, mas também pode envolver a forma e o tamanho de qualquer outra parte do rosto.
- Peso corporal: os pacientes podem ficar obcecados com seu peso ou tônus muscular.
- Outras áreas de preocupação incluem o tamanho do pênis, músculos, seios, coxas, nádegas e a presença de certos odores corporais.
Para tratar esse transtorno é preciso entrar em contato com profissionais capacitados para saber o tipo de tratamento ideal, como terapeutas e psiquiatras. No entanto, é preciso reforçar que o apoio familiar é muito importante para passar por essa fase. É importante que os familiares entendam o transtorno dismórfico corporal e aprendam a reconhecer seus sinais e sintomas.