Bem-estar e autoestima
Cleo desabafa sobre pressão estética: fama abalou saúde mental da atriz
Cleo usou as redes sociais afastando os mitos a respeito da fama. Segundo a atriz, os holofotes estão longe da perfeição. Além disso, revelou o quanto ficou com a saúde mental abalada por conta da pressão estética rola por de trás desse universo.
“A pressão para ser perfeita afeta nossa saúde mental”
Cleo amava ser vista como sex symbol, mas prejudicou sua saúde mental a partir do momento que se sentiu limitada ao rótulo.
“Eu sei que para o público geral, tudo parece flores. Você está na TV, e as pessoas veem os famosos com olhar de adoração. Então, isso é bom para o ego de uma certa forma, mas a pressão para ser perfeita, manter a aparência certa, jovem, atraente… isso é real, e pode acabar com a nossa saúde mental”, refletiu.
Cleo relembra sucesso após fazer personagem sensual em “América”
Cleo recordou ainda sua trajetória artística. Primeiramente, nos cinemas, com o filme “Benjamin” (2003) e, em seguida, na novela “América” (2005), na qual ela deu vida a sensual Lurdinha. Foi a partir daí que ela ficou ainda mais famosa.
“Era uma personagem maravilhosa, mas que carregava uma carga sexualizada grande. Então, não tem como não dizer que ela não solidificou a forma com que as pessoas passaram a me enxergar. Quando eu percebi o que isso significava para a minha imagem e para mim, já era tarde demais”, lamentou ela, que se declarou demissexual.
A partir daí, Cleo disse que se sentiu mais limitada pelo mercado audiovisual. Afinal, em que papel iriam encaixá-la nos últimos anos?
“Eu percebi que depois dos 35, 37, os diretores e as produções já não sabiam mais o que fazer comigo. O mercado do audiovisual funciona muito como um mercado normal, onde as produções são os produtos dispostos nas prateleiras, e é como se eles não soubessem mais em que prateleira me colocar depois dos meus 35 anos”, comparou.
Cleo decidiu criar próprias oportunidades na carreira
Por isso, Cleo decidiu criar próprias oportunidades na carreira e produzir seus próprios trabalhos, fugindo assim da imagem estética que criaram dela.
“Se eu realmente quisesse continuar atuando em papéis que me desafiassem e fossem relevantes para mim, eu teria que correr atrás de outras formas. E foi o que eu fiz. Passei a fazer disso um objetivo, produzir audiovisual pensando em gerar oportunidade para mim, óbvio, claro, mas também para outras mulheres que estão sendo postas de lado nas prateleiras tão cedo”, finalizou.