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Maju Coutinho estreia no “Fantástico” e faz história no programa

Maju Coutinho estreou no “Fantástico” fazendo história. Além de trazer mais representatividade, ela forma a primeira dupla de âncoras femininas no programa. Veja como foi!

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Por que a estreia de Maju Coutinho no “Fantástico” representa muito

A estreia de Maju Coutinho como apresentadora do “Fantástico” entrou para a história. Primeiramente, a parceria ao lado de Poliana Abritta marca a primeira dupla feminina de âncoras no programa. Além disso, a jornalista emocionou por sua chegada acontecer justo no fim de semana do Dia da Consciência Negra. A data é celebrada em 20 de novembro no Brasil para lembrar a resistência do povo negro para avançar na luta por uma sociedade livre da opressão.

Maju Coutinho e Poliana Abritta: duas mulheres âncoras no “Fantástico

Logo no início do programa, Maju Coutinho recebeu uma homenagem do “Fantástico”. Narrada pela nova parceira de jornalismo na Globo, sua trajetória pela emissora foi detalhada. “Era o começo de um sonho… a menina cresceu e o sonho dela também. Na faculdade de jornalismo, a menina Maria Júlia virou Maju. Já repórter, a Maju chegou à TV Globo em 2007. Em 2013 tornou-se também uma das apresentadoras mais destacadas dos nossos telejornais”, começou.

Em seguida, a representatividade feminina foi exaltada: “As brincadeiras da menina Maju trouxeram essa jornalista talentosíssima para o momento em que a história do Fantástico inaugura uma nova fase. Duas mulheres juntas, no comando do programa. Domingo, 21 de novembro de 2021. Bem-vinda, Maria Júlia Coutinho!”.

Igualdade racial está longe! Negros ocupam poucos cargos altos

Mas por que a estreia de Maju Coutinho em uma das maiores revistas eletrônicas do país precisa ser celebrada e comentada? Atualmente, negros ainda são minoria em cargos de liderança e a busca pela igualdade racial é um caminho que parece estar muito longe de acontecer no Brasil.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Quero Bolsa – com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) -, apenas 3,68% dos cargos de liderança em geral são ocupados por pessoas negras em São Paulo. Com isso, negros recebem 8% a menos do que profissionais brancos exercendo as mesmas funções de liderança, em média.

Os negros são a maioria nas universidades públicas (50,3%), de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, apenas 30% ocupam cargos de liderança no país. 

Potenciais e talentos não devem ser associados à raça

Acima de tudo, é preciso aprofundar a reflexão. Nesse sentido, entender como um país tão diverso ainda marginaliza uma população que compõe seu maior grupo social, no caso, os negros. Além disso, ainda faltam políticas mais inclusivas dentro das empresas, com temas que englobem gênero, relações étnico-raciais, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência.

É por isso que a chegada de Maju Coutinho ao “Fantástico”, fazendo história na atração dominical, é um marco tão importante. Do mesmo modo, a segregação por raça não deveria existir, pois potenciais e talentos são livres de qualquer ligação biológica ou étnica. O caminho é longo, ainda temos muito que percorrer.

Redação Corpo Livre

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

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