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Majur fala sobre ser mulher preta LGBT no Brasil: ‘Nosso corpo é muito visto’

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Majur fala sobre ser mulher preta LGBT no Brasil: 'Nosso corpo é muito visto'

Majur teve a sorte do acolhimento da mãe para viver a própria verdade quando se descobriu uma mulher transexual, ao contrário de grande parte da população LGBT+. No entanto, ela não deixou de enfrentar a preconceito de ser preta e LGBT no Brasil e revelou detalhes em entrevista ao “Quem Pode, Pod” que.

“Uma pessoa LGBT preta está na escola ou qualquer âmbito, infelizmente a sociedade tem diversos níveis de comportamentos que são bizarros, que vão desde a misoginia a todas outras fobias. E o nosso corpo continua muito visto. Assim como as meninas, todo corpo feminino tem esse lugar que as pessoas querem se apossar e se apoderar”, comentou.

Majur relembra acolhimento da mãe ao se descobrir uma mulher trans

Além disso, ainda no bate-papo com Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme, Majur ainda relembrou vida religiosa e acolhimento da mãe quando se descobriu uma mulher transexual e revelou à sua mãe:

“Sempre quiseram dizer quem eu era, antes mesmo que eu tenha dito. Fizeram isso desde criança. Já existia uma identificação que eles já sabiam, então estavam sempre ali lembrando, mas fui uma criança não preocupada, feliz e minha mãe me possibilitou disso e fui vivendo o passo a passo das coisas. Eu lembro a primeira vez que alisei o cabelo e deixei ele crescer, por exemplo”.

Majur em entrevista ao ‘Quem Pode, Pod’ / Reprodução: Youtube

Majur: substituída como ministra do louvor nos cultos da igreja evangélica

O mesmo, infelizmente, não aconteceu dentro da igreja. A cantora baiana, aos poucos, passou a notar que por vezes era substituída como ministra do louvor nos cultos da igreja evangélica. No entanto, ninguém sabia explicar a razão disso para ela.

“Algumas pessoas da igreja começaram a falar: ‘Acho que é seu jeito feminino de ser’. Aí ficou diferente,’ se estamos discutindo sobre minha existência, acabou. Não tinha como'” relembrou ela, acrescentando ter deixado de frequentar o local aos 14 anos após uma conversa com a pastora:

Muita gente LGBTQIAPN+ da igreja acha que o mundo lá fora tem um diabo, inferno e que está protegido apenas ali dentro”, pontuou a cantora baiana. “Lembro do dia exato em que falei à pastora: ‘Não tem mais oração, jejum, nem nada que resolva, o que eu nem sei mais o que é para ser resolvido’. E ela falou: ‘Não tem mais o que fazer, ore mais. E eu disse: ‘Não vou orar, vou sair'”.

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Redação Corpo Livre

Somos uma equipe de profissionais e colaboradores empenhados em transformar através da informação e da diversidade. Enquanto veículo, queremos construir uma nova forma de dialogar na internet sobre Corpo Livre!

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