Corpo
Moda Y2K: retorno de tendências pode causar transtornos alimentares
A moda e os ideais Y2K estão se tornando populares novamente, e com isso, o retorno da pressão estética. Mas como assim? Para algumas pessoas, as tendências resgatadas dos anos 2000 são apenas peças de roupa comuns. No entanto, esse tipo de moda é projetado para caber em um tipo extremamente específico de corpo: o magro.
Volta da moda Y2K pode ser nociva aos jovens
Como sociedade, a gente acreditou que havíamos superado essa fase com o fim da ditadura da magreza por uma indústria de moda mais inclusiva. Ou seja, com uma variedade maior de tamanhos e modelos. Porém, a volta da calça de cintura baixa, tops pequenos, mini saias e mais itens que representam a moda Y2K pode ter uma influência nociva na mente dos jovens.
Algumas tendências podem sumir rapidamente, enquanto outras perigosamente podem se espalhar em uma proporção gigantesca. No caso da moda Y2K, mesmo modelos de tamanho grande com acesso a muitos recursos estão sendo forçadas a olhar além das lojas e marcas tradicionais de roupas.
Por que a tendência favorece corpo magro
Por algum tempo, as empresas vinham fazendo um trabalho decente de representatividade. Mas com as tendências mudando, quem não se encaixa nessa tendência que favorece o corpo magro, precisa ter um outro tipo de recurso, como especificamente pedir para uma costureira fazer. Para aqueles que vivem sem acesso a tal recurso, a inclusão de tamanho sempre foi problemática e agora continua a piorar com o atual ciclo.
A reação que uma pessoa mais magra teria de outros usando jeans de cintura baixa e uma baby look é muito diferente do que uma pessoa gorda vestindo exatamente a mesma coisa. Se pararmos para analisar bem, talvez o problema não seja tanto a roupa em si, mas a gordofobia enraizada.
Se a indústria quer trazer de volta certas tendências, devem fazer com responsabilidade. O impacto negativo de modas como a Y2K, somada a velocidade com que as coisas na internet se repercutem, pode ser perigosa. Com isso, despertando comparações, autoestima baixa, ansiedade, depressão e até transtornos alimentares.