Opinião
Natália Deodato lembra autoestima abalada após tentativa de feminicídio: ‘Culpa’
Natália Deodato detalhou uma tentativa de feminicídio durante uma relação abusiva. Em entrevista ao podcast “PodSempre”, a ex-BBB revelou que viveu um casamento de dois anos cercado de ciúmes excessivos por parte de seu ex-marido, que tentou agredi-la. Segundo a modelo, um novo namoro a fez reviver toda a dor do passado. O parceiro, por falta de confiança, quebrou seu celular e a estrangulou até desmaiar na casa dele.
Assim que recuperou sua consciência, Natália Deodato viu seu ex-namorado a perguntando por que ela ainda estava viva e a ameaçou de morte novamente. “Me levantei, ele olhou e falou: ‘Você não morreu ainda? Então agora eu te mato'”, contou ela, que foi salva pelas autoridades.
“A polícia foi fazer a vistoria no carro dele e atrás do banco tinha um facão. Ou seja, eu iria entrar no carro e sabe Deus o que poderia acontecer comigo”, lembrou. No entanto, ao ser levado para delegacia, o criminoso, infelizmente, foi solto depois de três dias.
Relação abusiva abalou autoestima de Natália Deodato
De acordo com Natália Deodato, ela registrou queixa e, além disso, pediu medida protetiva contra o ex-namorado, mas mesmo assim não perdeu o medo. Toda essa experiência aterrorizante abalou a autoestima da ex-BBB. “Eu falava: ‘como eu deixei isso acontecer comigo’. Vivi vendo minha mãe sendo espancada e porque permiti chegar nessa situação. Me culpava muito e eu perdi o gosto de viver em Belo Horizonte. Não conseguia mais me reconhecer pela culpa que eu sentia”, lamentou ela.
Natália Deodato relembra bullying ao descobrir vitiligo
Ao entrar no “BBB22”, Natália Deodato incentivou a autoaceitação e muitas pessoas com vitiligo se sentiram representadas. A descoberta da doença aconteceu quando ela tinha apenas 10 anos e, segundo ela, foi assustadora.
“Ouvi brincadeiras bobas que machucavam muito. Eu me tornei uma criança muito agressiva por conta do bullying. Eu sofri algumas ameaças, mas a maioria das coisas que são reproduzidas por crianças é porque são ouvidas pelos adultos. E quando eu descobri o porquê de uma antiga amiga não andar mais comigo após o vitiligo foi porque a mãe dela falou para ela não andar que ela estava pegando as minhas manchas”, pontuou.
Por fim, Natália Deodato acredita que a falta de informação sobre o vitiligo e a falta de interesse dos adultos em entender a doença teve um impacto em sua história. Além disso, a aceitação de sua condição só chegou depois de receber apoio psicológico.