Bem-estar e autoestima
Maju de Araújo, modelo com Síndrome de Down, desfila na SPFW: ‘Potencializar a inclusão’
Maju de Araújo, que tem Síndrome de Down, desfilou pela segunda vez consecutiva na São Paulo Fashion Week 2023. Nas passarelas, a modelo mostrou a importância da representatividade para pessoas com deficiência. Além de conquistar seu espaço na indústria da moda, a jovem, de 20 anos, desafia estereótipos e prova que a inclusão é fundamental.
Antes de tudo, o primeiro desfile de Maju de Araújo foi com o projeto “Ponto Firme”, de Gustavo Silvestre, no Edifício Copan. A coleção do artista foi criada por mais de 30 artesãos capacitados pelo programa. Em seguida, a segunda passarela da modelo foi com a “Meninos do Rei”, looks afrofuturistas assinados pelos irmãos Junior e Céu Rocha.
“É uma honra dividir a passarela com pessoas que representam tanto! Sei que existem muitas lutas, mas que no final todas elas são lutas de todos nós! É sempre bom aprender sobre as causas, histórias e lutas de pessoas que buscam o mesmo que eu: mais representatividade!”, declarou Maju de Araújo.
“A beleza está em todas as formas e tamanhos”, diz modelo com Síndrome de Down
A participação de Maju de Araújo na SPFW demonstra que a diversidade é bela e que todos têm o direito de serem representados e celebrados, independentemente de suas habilidades ou características físicas. Em entrevista ao “Gshow”, ela falou sobre seu segundo ano consecutivo na São Paulo Fashion Week:
“Sinto que posso transmitir a mensagem de que a beleza está em todas as formas e tamanhos, e que a moda tem esse poder de unir as pessoas e transformar mentalidades, algo fundamental para todos terem a oportunidade de se sentirem incluídos nesse universo que está tão presente no nosso dia a dia. Vejo sempre como uma oportunidade de potencializar ainda mais o que sempre busco, a inclusão e representatividade de pessoas com deficiência”.
Maju de Araújo não quer ser rotulada: “Minha história pode inspirar pessoas”
Segundo Maju de Araújo, ela prevê o potencial do Brasil em se tornar a grande referência ao mercado internacional na questão da diversidade de corpos: “Acho que estamos começando, e começar já é algo. Mas, apesar de estarmos apenas começando, sinto que o Brasil tem potencial para ser referência na representatividade, principalmente por ser um país muito diversificado e rico!”, analisou.
Mesmo sendo uma porta-voz de pessoas com Síndrome de Down, Maju de Araújo rejeita rótulos. A jovem quer apenas inspirar a todos com sua história de vida. “Não quero ser exemplo só para modelos e também não só pessoas com Síndrome de Down. Não precisamos nos limitar aos rótulos e sei que minha história pode inspirar pessoas não só por conta da minha deficiência, mas por toda a minha trajetória e história de vida!”, completou.