Culturas
Pai de Justin Bieber, Jeremy desdenha do mês do Orgulho LGBT+ e gera polêmica
Em pleno mês PRIDE, Jeremy, pai de Justin Bieber, causou polêmica e dividiu a opinião da internet após dizer que a comunidade LGBT+ deveria ser grata aos heterossexuais por sua existência. Infelizmente, a ignorância das pessoas quanto à educação de assuntos relacionados ao movimento faz com que situações como essa continuem acontecendo.
Jeremy Bieber desconsidera que pessoas LGBTs possam gerar filhos em postagem
Nos stories do Instagram, Jeremy Bieber publicou uma foto com a bandeira LGBT+ com a seguinte frase: “Não se esqueça de agradecer a uma pessoa hétero este mês por sua existência”. Em seguida, desconsiderado todas as possibilidades de pessoas LGBTs gerarem seus filhos e não contente aos avisos que recebeu após a primeira postagem, o homem continuou no Twitter:
“Meu irmão é gay e eu o adoro, ame quem você quiser, isso é problema seu e não ‘meu’. Meu problema é a aquisição hostil de nossas cidades e escolas por LGBT+ e essa é a preocupação de muitos. Há um lugar para todos e a opinião de todos. Isso não é igual a ódio”.
Justin Bieber’s father, Jeremy Bieber, excuses his previous homophobic post in new tweet:
— Pop Tingz (@ThePopTingz) June 9, 2023
“My brother is gay and I adore him … my problem is the hostile takeover of our cities and schools by LGBTQ this is the concern of many.” pic.twitter.com/g7O7gTy4b8
Mais tarde, nas redes sociais, os usuários se dividiram entre mensagens de apoio e condenações ao post de Jeremy Bieber, mostrando que ainda temos muitos preconceitos para desconstruir. “Quando a cabeça desse povo chegar em 2023 e descobrirem que não precisa de hétero para ter filho…“, refletiu uma pessoa. “Ele não mentiu, gente, desculpa, mas é verdade”, apoiou outra. “Não só errou, como passou vergonha”, criticou uma.
Brasil registrou ao menos 80 mortes violentas de LGBT+ até o fim de abril
Ainda que a LGBTfobia seja crime em diversos países e que não faltem meios para se educar sobre o tema na internet, o preconceito continua existindo. Segundo informações do jornal “Folha de São Paulo”, o Brasil registrou ao menos 80 mortes violentas de LGBT+ até o fim de abril. Nesse interim, “travestis e transexuais mulheres representam maior parte dos mortos, seguidos por gays, lésbicas e homens trans”.
Essas mortes são consequência da ignorância da sociedade e isso ainda não é o suficiente para que as pessoas tomem consciência de seus atos. A luta por mais consciência, visibilidade e, principalmente, respeito à comunidade LGBT continua, e a educação é a única capaz de solucionar isso. Informe-se e propague informações verdadeiras sobre o movimento, pois essa luta é de todos!